quinta-feira, 24 de março de 2011

A ESCOLA QUE QUEREMOS



TEMAS: Inclusão Escolar & Atendimento Diferenciado aos alunos com TDAH

Por: Mariza Moraes, Yonis Fornazie e Zila Nascimento Oliveira

Trabalho apresentado à disciplina Elaboração de Projeto II,

sob a responsabilidade dos professores

Orivaldo de Lira Tavares e Santinho Ferreira de Souza.

Especialização em Mediadores em EAD


Ne@ad-Ufes/UAB

Vitória/ES

2010

O QUE SABEMOS SOBRE OS TEMAS


Ouvimos frequentemente relatos de professores da educação infantil ao ensino superior, a respeito de alunos que apresentam déficit de atenção e comportamento hiperativo (doravante TDAH), que prejudica o desenvolvimento das atividades no ambiente escolar, bem como o relacionamento desses alunos nos diferentes grupos.

Sabemos que todos os alunos têm iguais direitos perante a lei, em receber uma educação de qualidade, no atendimento às suas diferenças, garantidas pela Constituição Federal, e por meio de legislações próprias em atendimento as pessoas com necessidades educativas especiais, e que apesar das dificuldades de incluir-los, existe amparo legal.

Notamos ainda a existência de preocupação por parte das autoridades em cumprir a legislação no sentindo de atender essa demanda social. O TDAH é composto por grupo especial de sujeitos, que apesar de diagnosticados, ainda não estão amparados por legislação específica. Nesse caso, o trabalho didático com esse tipo de alunos ainda depende da ação concreta das políticas públicas e de profissionais da educação em se adaptarem para o atendimento especial e especializado no sentido de incluí-los e que os mesmos tenham aproveitamento nos estudos.

Na verdade é preciso imprimir ações pedagógicas dentro do contexto escolar, no sentido de incluir esses alunos, e promover a sua aprendizagem. Ter informações sobre o assunto, o que vem a ser TDAH:

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD (ABDA, acesso em 15 de outubro de 2011).

Esse tipo de transtorno tem acometido cada vez mais um numero significativo de crianças e adolescentes, há cerca de 20 anos aproximadamente, começaram os estudos assim passa a ser um pouco mais aceita aqui no Brasil pelos profissionais da saúde, graça a dedicação de alguns especialistas psiquiatras, neurologistas e psicólogos e alguns educadores que vêem se dedicado a pesquisa sobre o assunto. Diante das reclamações de pais e educadores, que não sabem lidar, com as dificuldades desses alunos, nem o que fazer para melhorar o processo de integração escolar e, por extensão, social dos mesmos. Daí a necessidade de um Projeto de Aprendizagem dentro do planejamento da escola e/ou universidade com orientações sobre o assunto, esclarecendo as dúvidas, sugerindo ações pedagógicas com objetivo de incluir e ajudar esses sujeitos em todos os sentidos, principalmente no processo ensino-aprendizagem e nas ações socioculturais. Trata-se de um tema não muito aceito e pouco entendido pelos docentes porque é na maioria das vezes confundido com indisciplina. São rotulados de desinteressados indisciplinados pelo fato de serem impulsivos e inquietos e apresentarem problemas comportamentais, que dificultam ainda mais seu processo de aprendizagem e socialização.

A orientação da educação inclusiva na educação infantil está expressa nas Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica CNE/2001, definindo que “o atendimento educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais terá início na educação infantil, nas creches e nas pré-escolas, assegurando- lhes o atendimento educacional especializado”, contemplada também nas Diretrizes da Política Nacional de Educação Infantil MEC/2004, orientando que “a educação de crianças com necessidades educacionais especiais deve ser realizada em conjunto com as demais crianças, assegurando-lhes o atendimento educacional especializado, mediante a avaliação e interação com a família e a comunidade. A Secretaria de Educação Especial (MEC) tem ratificado a prática da educação inclusiva, fundamentada no princípio da atenção à diversidade e educação de qualidade para todos.

Considerando o paradigma da inclusão global, parte da perspectiva de garantir acesso à educação e promover a melhoria das condições de aprendizagem e a participação de todos os alunos com necessidades especiais ou não, socializando saberes e eliminando o filtro afetivo alto, ou seja, inibição por parte dos alunos especiais e preconceitos por parte dos, ditos, normais. Vemos que dentro da atuação da Secretaria de Educação Especial, destacam-se os seguintes programas: Sistema Braille, Libras, Proinesp (formação para o uso das tecnologias da informação e comunicação) e os projetos de formação para atendimento educacional especializado na área da deficiência mental, dos portadores, simultâneos, de surdez e cegueira e daqueles que apresentam altas habilidades ou superdotação.

A educação especial deve ser compreendida como modalidade de ensino-aprendizagem que perpassa todos os níveis e etapas da vida acadêmica do aluno. Trata-se de uma proposta pedagógica que deve assegurar recursos, serviços especializados e atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos. Escolas desenvolvem ações integradas com as Secretarias de Educação estaduais e municipais, constituindo políticas de inclusão que visam à eliminação das barreiras pedagógicas, físicas e nas comunicações, fortalecendo o movimento de transformação da escola, isto é, de seus atores sociais: docentes, discentes e pessoal de apoio. Estudos e pesquisas estatísticas têm apontado para mudanças nos sistemas educacionais possibilitando que cada vez mais os alunos estejam incluídos no ensino regular. Inegavelmente, a educação inclusiva pressupõe a formação docente e a organização das escolas para garantia do direito de todos à educação.

Nesta perspectiva, temos visto a promoção de cursos de formação especial sobre o tema. São programas que utilizam referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos que abordam a fundamentação filosófica, a organização do sistema educacional, a gestão da escola, a participação da família e o atendimento educacional especializado. Sendo assim, propomos uma ação especifica de atendimento aos TDAH, nas Escolas Públicas do ES.

METODOLOGIA DE PESQUISA

O Projeto de Aprendizagem que propomos prevê a intervenção no processo de ensino da prática da educação inclusiva, fundamentada no princípio da aprendizagem dos alunos com transtorno e déficit de atenção e hiperatividade. Por meio de procedimentos adequados de forma planejada, contínua, progressiva e organizada no ambiente acadêmico e escolar.

Prevemos as seguintes ações:

• Mobilizar direção, coordenadores, professores e pedagogos, motivando-os na participar dessa ação.

• Promoção de debate dentro da comunidade escolar, no sentindo da busca da compreensão e solução do problema.

• Organizar laboratórios pedagógicos, que proporcione um espaço de aprendizagem mais atrativo.

• Promover oficinas e atividades complementares para discussão e planejamento e execução do material necessário para o desenvolvimento do Projeto de Aprendizagem.

DESDOBRAMENTOS DAS PESQUISAS A LONGO PRAZO

Desejamos transitar da teoria (da qual esse pôster é fruto) para o factível.

Elencamos as ações futuras:

1-Levantamento dos alunos com dificuldades de aprendizagem faixa etária/nível de ensino;

2. Levantamentos de profissionais que desejam trabalhar no projeto de intervenção com esses alunos dentro da Escola; viabilizar ampliação de carga/horária ou ampliar quadro docente para execução do Projeto de Aprendizagem;

3. Encontros periódicos com professores para planejamento e estudos, de como se dá o processo de ensino- aprendizagem do TDAH;

4- Fazer intercambio com profissionais da área da saúde (neurologistas, psiquiatras e psicólogos) em busca de orientações e maiores esclarecimento sobre com identificar e lidar com os TDAHs;

5- Incentivar a pesquisa junto aos docentes envolvidos, com objetivo de fazer registros e encontrar alternativas para melhoria do projeto de atendimentos aos alunos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ESCOLA QUE QUEREMOS promove ações simples e significativas na busca de solucionar problemas relativos ao processo do ensino-aprendizagem dos alunos que necessitam de atendimentos diferenciados nos espaços escolares. A ESCOLA QUE QUEREMOS realiza pequenos esforços e ações simples, contando com a boa vontade dos gestores e profissionais da educação. A ESCOLA QUE QUEREMOS possui um Projeto de Aprendizagem que torna menos árduo a caminhada de alunos que vivem à margem do seu próprio processo de ensino-aprendizagem. A ESCOLA QUE QUEREMOS tem a participação do Estado, da Escola e/ou Universidade e da Sociedade (tendo com base a família) que dialogam constantemente diminuindo as diferenças e proporcionando encontros em prol do idealizado ensino público e/ou privado de qualidade.


REFERÊNCIAS


ASSOCIAÇÃO Brasileira do Déficit de Atenção - ABDA. O que é TDAH?. Disponível em: . Acesso em: 18 de outubro de 2011.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

GLAT, R. A integração social dos portadores de deficiências: uma reflexão. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1998.


NOGUEIRA, M. L. A importância dos pais na educação segundo a percepção de Universitários deficientes visuais. Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro, n. 23, Dez. 2002.


RODRIGUES, David. A Inclusão na universidade: limites e possibilidades da construção de uma universidade inclusiva. Revista de Educação Especial UFSM, Santa Maria, n.23, 2004.


LEGISLAÇÃO PERTINENTE


· Constituição Federal de 1988 - Educação Especial


· L ei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN

· Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação Especial 
· L ei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Maria Teresa Eglér Mantoan

PhotobucketPhotobucketPhotobucket


Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA
Direitos das pessoas com deficiência: garantia de igualdade na diversidade, Eugênia
Augusta Fávero, 342 págs., Ed. WVA, tel. (21) 2493-7610 , 40 reais
Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer?, Maria Teresa Eglér Mantoan, 96
págs., Ed. Moderna, tel. 0800-172002, 11 reais
Nova Escola On-line - O site de quem educa Page 4 of 4
http://revistaescola.abril.com.br/preview.shtml 21/8/2008

Dança das 1000 Mãos-Guanyin

Há uma dança impressionante chamada das 1000 Mãos-Guanyin. Considerando-se a absoluta coordenação
necessária, sua realização não deixa ser surpreendente, ainda mais se as dançarinas são SURDAS.

Sim, isto mesmo. Todas as 21 bailarinas são completamente surdas. Baseando-se somente nos sinais dos orientadores nos 4 cantos do cenário (você poderá vê-los atuando), estas extraordinárias bailarinas oferecem um grandioso espetáculo visual.

Sua primeira grande estréia internacional foi em Atenas, no encerramento dos Jogos Para-Olímpicos de 2004. Já viajaram para mais de 40 países.

A Primeira Bailarina, Tai Lihua, tem 29 anos é formada pelo Instituto de Belas Artes de Hubei.

O vídeo foi gravado em Pequim durante o Festival da Primavera deste ano.



sábado, 8 de agosto de 2009

Deficiente Mental: Integração/Inclusão/Exclusão

“A igualdade entendida como diversidade, como desenvolvimento das potencialidades educacionais através de uma oferta múltipla, pressupõe uma escolha decidida da integração escolar.”

Gortázar (1995, p.324)

“é necessário munir os professores de ensino regular com novas atitudes, novas aquisições e novas competências. Fazer a integração esquecendo os professores do ensino regular poderia ser desastroso em nosso entender.”

Fonseca (1995, p.207)