A ESCOLA QUE QUEREMOS
TEMAS: Inclusão Escolar & Atendimento Diferenciado aos alunos com TDAH
Por: Mariza Moraes, Yonis Fornazie e Zila Nascimento Oliveira
Trabalho apresentado à disciplina Elaboração de Projeto II,
sob a responsabilidade dos professores
Orivaldo de Lira Tavares e Santinho Ferreira de Souza.
Especialização em Mediadores em EAD
Ne@ad-Ufes/UAB
Vitória/ES
2010
O QUE SABEMOS SOBRE OS TEMAS
Ouvimos frequentemente relatos de professores da educação infantil ao ensino superior, a respeito de alunos que apresentam déficit de atenção e comportamento hiperativo (doravante TDAH), que prejudica o desenvolvimento das atividades no ambiente escolar, bem como o relacionamento desses alunos nos diferentes grupos.
Sabemos que todos os alunos têm iguais direitos perante a lei, em receber uma educação de qualidade, no atendimento às suas diferenças, garantidas pela Constituição Federal, e por meio de legislações próprias em atendimento as pessoas com necessidades educativas especiais, e que apesar das dificuldades de incluir-los, existe amparo legal.
Notamos ainda a existência de preocupação por parte das autoridades em cumprir a legislação no sentindo de atender essa demanda social. O TDAH é composto por grupo especial de sujeitos, que apesar de diagnosticados, ainda não estão amparados por legislação específica. Nesse caso, o trabalho didático com esse tipo de alunos ainda depende da ação concreta das políticas públicas e de profissionais da educação em se adaptarem para o atendimento especial e especializado no sentido de incluí-los e que os mesmos tenham aproveitamento nos estudos.
Na verdade é preciso imprimir ações pedagógicas dentro do contexto escolar, no sentido de incluir esses alunos, e promover a sua aprendizagem. Ter informações sobre o assunto, o que vem a ser TDAH:
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD (ABDA, acesso em 15 de outubro de 2011).
Esse tipo de transtorno tem acometido cada vez mais um numero significativo de crianças e adolescentes, há cerca de 20 anos aproximadamente, começaram os estudos assim passa a ser um pouco mais aceita aqui no Brasil pelos profissionais da saúde, graça a dedicação de alguns especialistas psiquiatras, neurologistas e psicólogos e alguns educadores que vêem se dedicado a pesquisa sobre o assunto. Diante das reclamações de pais e educadores, que não sabem lidar, com as dificuldades desses alunos, nem o que fazer para melhorar o processo de integração escolar e, por extensão, social dos mesmos. Daí a necessidade de um Projeto de Aprendizagem dentro do planejamento da escola e/ou universidade com orientações sobre o assunto, esclarecendo as dúvidas, sugerindo ações pedagógicas com objetivo de incluir e ajudar esses sujeitos em todos os sentidos, principalmente no processo ensino-aprendizagem e nas ações socioculturais. Trata-se de um tema não muito aceito e pouco entendido pelos docentes porque é na maioria das vezes confundido com indisciplina. São rotulados de desinteressados indisciplinados pelo fato de serem impulsivos e inquietos e apresentarem problemas comportamentais, que dificultam ainda mais seu processo de aprendizagem e socialização.
A orientação da educação inclusiva na educação infantil está expressa nas Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica CNE/2001, definindo que “o atendimento educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais terá início na educação infantil, nas creches e nas pré-escolas, assegurando- lhes o atendimento educacional especializado”, contemplada também nas Diretrizes da Política Nacional de Educação Infantil MEC/2004, orientando que “a educação de crianças com necessidades educacionais especiais deve ser realizada em conjunto com as demais crianças, assegurando-lhes o atendimento educacional especializado, mediante a avaliação e interação com a família e a comunidade. A Secretaria de Educação Especial (MEC) tem ratificado a prática da educação inclusiva, fundamentada no princípio da atenção à diversidade e educação de qualidade para todos.
Considerando o paradigma da inclusão global, parte da perspectiva de garantir acesso à educação e promover a melhoria das condições de aprendizagem e a participação de todos os alunos com necessidades especiais ou não, socializando saberes e eliminando o filtro afetivo alto, ou seja, inibição por parte dos alunos especiais e preconceitos por parte dos, ditos, normais. Vemos que dentro da atuação da Secretaria de Educação Especial, destacam-se os seguintes programas: Sistema Braille, Libras, Proinesp (formação para o uso das tecnologias da informação e comunicação) e os projetos de formação para atendimento educacional especializado na área da deficiência mental, dos portadores, simultâneos, de surdez e cegueira e daqueles que apresentam altas habilidades ou superdotação.
A educação especial deve ser compreendida como modalidade de ensino-aprendizagem que perpassa todos os níveis e etapas da vida acadêmica do aluno. Trata-se de uma proposta pedagógica que deve assegurar recursos, serviços especializados e atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos. Escolas desenvolvem ações integradas com as Secretarias de Educação estaduais e municipais, constituindo políticas de inclusão que visam à eliminação das barreiras pedagógicas, físicas e nas comunicações, fortalecendo o movimento de transformação da escola, isto é, de seus atores sociais: docentes, discentes e pessoal de apoio. Estudos e pesquisas estatísticas têm apontado para mudanças nos sistemas educacionais possibilitando que cada vez mais os alunos estejam incluídos no ensino regular. Inegavelmente, a educação inclusiva pressupõe a formação docente e a organização das escolas para garantia do direito de todos à educação.
Nesta perspectiva, temos visto a promoção de cursos de formação especial sobre o tema. São programas que utilizam referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos que abordam a fundamentação filosófica, a organização do sistema educacional, a gestão da escola, a participação da família e o atendimento educacional especializado. Sendo assim, propomos uma ação especifica de atendimento aos TDAH, nas Escolas Públicas do ES.
METODOLOGIA DE PESQUISA
O Projeto de Aprendizagem que propomos prevê a intervenção no processo de ensino da prática da educação inclusiva, fundamentada no princípio da aprendizagem dos alunos com transtorno e déficit de atenção e hiperatividade. Por meio de procedimentos adequados de forma planejada, contínua, progressiva e organizada no ambiente acadêmico e escolar.
Prevemos as seguintes ações:
• Mobilizar direção, coordenadores, professores e pedagogos, motivando-os na participar dessa ação.
• Promoção de debate dentro da comunidade escolar, no sentindo da busca da compreensão e solução do problema.
• Organizar laboratórios pedagógicos, que proporcione um espaço de aprendizagem mais atrativo.
• Promover oficinas e atividades complementares para discussão e planejamento e execução do material necessário para o desenvolvimento do Projeto de Aprendizagem.
DESDOBRAMENTOS DAS PESQUISAS A LONGO PRAZO
Desejamos transitar da teoria (da qual esse pôster é fruto) para o factível.
Elencamos as ações futuras:
1-Levantamento dos alunos com dificuldades de aprendizagem faixa etária/nível de ensino;
2. Levantamentos de profissionais que desejam trabalhar no projeto de intervenção com esses alunos dentro da Escola; viabilizar ampliação de carga/horária ou ampliar quadro docente para execução do Projeto de Aprendizagem;
3. Encontros periódicos com professores para planejamento e estudos, de como se dá o processo de ensino- aprendizagem do TDAH;
4- Fazer intercambio com profissionais da área da saúde (neurologistas, psiquiatras e psicólogos) em busca de orientações e maiores esclarecimento sobre com identificar e lidar com os TDAHs;
5- Incentivar a pesquisa junto aos docentes envolvidos, com objetivo de fazer registros e encontrar alternativas para melhoria do projeto de atendimentos aos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ESCOLA QUE QUEREMOS promove ações simples e significativas na busca de solucionar problemas relativos ao processo do ensino-aprendizagem dos alunos que necessitam de atendimentos diferenciados nos espaços escolares. A ESCOLA QUE QUEREMOS realiza pequenos esforços e ações simples, contando com a boa vontade dos gestores e profissionais da educação. A ESCOLA QUE QUEREMOS possui um Projeto de Aprendizagem que torna menos árduo a caminhada de alunos que vivem à margem do seu próprio processo de ensino-aprendizagem. A ESCOLA QUE QUEREMOS tem a participação do Estado, da Escola e/ou Universidade e da Sociedade (tendo com base a família) que dialogam constantemente diminuindo as diferenças e proporcionando encontros em prol do idealizado ensino público e/ou privado de qualidade.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO Brasileira do Déficit de Atenção - ABDA. O que é TDAH?. Disponível em: . Acesso em: 18 de outubro de 2011.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
GLAT, R. A integração social dos portadores de deficiências: uma reflexão. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1998.
NOGUEIRA, M. L. A importância dos pais na educação segundo a percepção de Universitários deficientes visuais. Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro, n. 23, Dez. 2002.
RODRIGUES, David. A Inclusão na universidade: limites e possibilidades da construção de uma universidade inclusiva. Revista de Educação Especial UFSM, Santa Maria, n.23, 2004.
LEGISLAÇÃO PERTINENTE
· Constituição Federal de 1988 - Educação Especial
· L ei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN
· Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação Especial
· L ei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente